31 de out. de 2010

E a história se fez… Eis que o Brasil tem a sua primeira presidenta eleita!

Eis que o Brasil tem a sua primeira presidenta eleita!

Algumas considerações...

O que isso representa para a esquerda brasileira:

- Continuamos na luta, como todos os dias. A vitória contra Serra, no meu ponto de vista, foi importante. Ele representa uma parcela da direita mais extrema que existe no Brasil. Bastam ver os apoiadores de ambas as campanhas. Enquanto Dilma tinha apoio de muitos importantes pensadores e artistas brasileiros, como Frei Betto, Leonardo Boff, Chico Buarque, dentre tantos outros, Serra tinha os pastores e padres mais conservadores do Brasil. Então eu me oponho ferozmente a quem diz, inclusive parcelas da esquerda brasileira, que eleger Dilma ou Serra seria a mesma coisa.

- Não tenho ilusões com o governo de Dilma! Sei que ela e todo o PT estão dentro do jogo do Capital. Nas palavras de Virgínia Fontes (Professora de UFF) é a esquerda do Capital.

- Para o povo, as políticas sociais assistencialistas continuam! Por mais que sabemos os resultados a curto e longo prazo dessa prática, de construção do Estado de Bem Estar Social, sabemos que, o povo que passa fome, encontra um melhora parcial de vida.

- Nas relações internacionais, certa tranqüilidade no sentido de não ter medo de voltar a ser um completo capacho dos Estados Unidos e da Europa. Por hora, agente só “escuta com mais atenção o que eles dizem”, mas não deixa de aceitar o “convite de tomar um café” com a presidenta da Argentina (que tem o desafio de governar sem o ex-presidente e marido agora), nem um mate com o Evo Morales.

- “Garantia” (com todas as aspas possíveis) de que o Pré-Sal não será privatizado e que sua riqueza será distribuída aos estados brasileiros e não ficará só com o Sudeste.

Para os movimentos feministas e os movimentos LGBTTT´s em geral:

- Uma esperança de uma possível legalização do aborto? Não saberia responder. Acredito que vai depender muito dos rumos e dos apoios que Dilma for angariando. Por mais que o Governo Lula tinha sinalizado uma abertura para ela questão, no sentido de por em vigor lei sobre o assunto a campanha de Dilma recuou na pauta com o medo de perder a eleição pela força do fundamentalismo religioso no país. Antes da campanha Dilma se mostrava muito mais simpática à pauta do que durante a campanha, se dizendo em documento oficial, particularmente contra o aborto.

- Sobre a lei de criminalização da homofobia: Ficou muito conhecido o pronunciamento de Serra de que vetaria a lei se eleito. Nesse ponto: Ufa! Acredito que a Dilma na questão da população LGBTTT será muito mais flexível, longe de ser a mãe dessa população, não é contra, como vinha mostrando Serra na esperança dos votantes religiosos (sem noção) “irem de 45”.

- Sobre a união civil homoparental: Acredito que há fortes possibilidades de no governo Dilma passar a lei. Seguindo os ventos vanguardistas da Argentina (que nesse ponto dos costumes sempre esteve a frente do Brasil, lembro aqui do direito ao divórcio, aprovado muito antes na Argentina do que no Brasil, e agora com a lei do casamento homoparental, com todos os direitos assegurados: adoção, herança...).

- Dilma, carrega um peso enorme de ser a primeira mulher presidenta do Brasil. Sempre que ela fizer algo errado, não será por ser do PT, ou ser uma pessoa, mas por ser mulher. Digo isso a título de ironia, que temo que vá acontecer, como já aconteceu na campanha, no ataque de Serra, e em outros países da América Latina que tiveram presidentes mulheres. Isso é dizer: Se Dilma fizer um mau governo será um retrocesso para a luta das mulheres em conquistar espaços de poder, espero que ela tenha ciência disso.

- Uma análise: Uma pergunta que me veio à cabeça é: Se o Lula não tivesse em “todas as fotos ao lado de Dilma” o Brasil teria sua primeira presidenta mulher? Parece-me que o Brasil não deixou de ser conservador do ponto de vista do machismo e da homofobia, a pensar na campanha do primeiro e do segundo turno, onde as questões usadas jogaram muito, por mais que, por vezes, de forma indireta, com essas questões. Poderíamos dizer que o “lulismo” fez o Brasil se esquecer da questão de gênero na eleição. Mas isso teria que ser mais aprofundado.
Para não perder o gostinho de ver o Serra perder, vale dizer:

Uma coisa que me chamou muito atenção é que o Serra realmente é muito ruim! Ele tinha o apoio da mídia, da extrema direita, de vários setores de igrejas de forte repercussão, como a Assembléia de Deus e até do Papa Bento XVI... E mesmo assim, perdeu uma eleição. E só para ele se roer de raiva, para uma mulher que já foi guerrilheira e comunista (FOI, não é).

Para finalizar, vale ressaltar que:

- Plínio de Arruda Sampaio do P-SOL, conseguiu fazer uma ótima campanha e levar o socialismo para as telas, conseguiu entrar na mídia e não rebaixou o debate socialista para isso!

E reafirmar que:

- A luta da esquerda continua! Independente de quem estiver no poder, seguimos nas ruas, nas praças, nas universidades, enfim, na sociedade como um todo, levantando a bandeira vermelha e acreditando a cada segundo que outro mundo não é só possível, mas também necessário, e uma certeza temos, esse outro mundo é socialista, democrático participativo e livre de qualquer preconceito ou opressão!

30 de out. de 2010

Siempre queda la búsqueda

(Primeira publicaçao do Blog em castellano)

Siempre queda la búsqueda. Nosotros estamos siempre buscando algo.

En general podríamos decir que siempre estamos buscando la felicidad. Ya que es algo muy general. La felicidad en cuanto definición cambia de uno a uno. Es decir, lo que me hace feliz no necesariamente va a hacer feliz a otra persona. No es un concepto universal, está lejos de ser universal para todos.

¿Pero, entonces, qué es, o quién es una persona feliz?

No sé si podremos pensar en personas que no buscan, es decir, que ya encontraron la felicidad. La felicidad puede ser algo que no notamos, que está en la jornada, en el camino y no necesariamente en la llegada. Hasta porque es mejor ser feliz durante toda la vida, o casi toda, do que solo en el final de la vida.

Un chileno, Claudio Naranjo (que él mismo se denominó un psicopatólogo de la sociedad), dijo que el sentido de la vida es dar frutos. Aprovechar nuestro potencial. Y dijo que en este camino no podemos ser condicionados por el mundo, o sea, que tenemos que quitar nuestro “policía interior”. Él parte de la idea de que la sociedad está enferma. Dijo también que tenemos que utilizar nuestra libertad de forma que sea socialmente útil. Y eso solo le parece posible si pensamos en una virtud sin moralismo, que, a su vez, solo es posible por el amor, o sea, a partir del amor, pero, el amor no condicionado a la normatividad.

Ya en Nietzsche leemos que el bien y el mal están construidos y lo que recibimos en nuestra búsqueda de la plenitud (en nuestra vida…): normas y reglas para ser cumplidas.
Nos enseñan lo que es cierto y lo que es errado. Lo que es considerado bueno o malo. Eso es decir que somos personas que están siempre aprendiendo lo que se puede hacer, donde se puede hacer, siempre, siempre condicionados por contratos sociales.

Hasta las cosas más básicas, cuestiones de sobrevivencia, como alimentarse son, como nos muestra la historia, cambiantes por el tiempo y por las culturas. Eso es decir que como ya nos decía Marx:
“todo lo que es sólido se desvanece en el aire”
. O sea, no podremos, en momento alguno naturalizar las cosas, sobre todo. Las relaciones sociales a las cuales estamos sometidos. Es el principio de toda aceptación del diferente, de todo el cambio que se quiera hacer en la sociedad.

Pensando en la educación como un factor de cambio social debemos fijarnos en que solo desaprendiendo es como vamos a conseguir enseñar y cambiar las cosas. Eso es decir, que tenemos que quitar nuestros prejuicios, nuestras verdades y conclusiones de las cosas. En esto encontramos la contradicción, una de las muchas que mueve la sociedad, que sólo dejando de saber, dejando de tener la razón, estamos listos para aprender, y así cambiarnos y cambiar todo a nuestro alrededor.

Por eso se suele decir que no es mejor educador aquel que enseña a sus alumnos, sino aquel que, desecho de su saber ayuda sus alumnos a aprender por su curiosidad de las cosas en un camino virtuoso, pero sin moralismos ni verdades normativas.



Gracias por la corrección Susana Pueyo.

24 de out. de 2010

Se você quer ser minha namorada... Vinícius de Moraes

Gostei muito desse texto, confeso que nao conhecia...

Se você quer ser minha namorada
Ai, que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exactamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarzinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porquê
E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.

Vinícius de Moraes

Tempo...

Muito tempo que nao postava nada.

Muita coisa aconteceu...

Estou em Bilbao, na Espanha, ou melhor, no País Vasco, ou melhor ainda, em Euscadi, de intercambio Erasmus Mundus...

Uma coisa que eu realmente nao esperava... Mas aqui estou.

Espero voltar a postar.

=D