7 de ago. de 2011

Simples ou complicado?

Algo me falta, em meio de mil coisas por fazer.

Algo me falta, entre os livros e bebidas baratas que posso beber.

Não sei o que, porém algo me falta, algo falta para completar o meu ser.

Não sei se é o Libido mas algo me deixa insatisfeito sempre que vejo algo na tevê.

Nem coisa tristes, nem coisas alegres, nada, com nada me contento.

Me sinto um Judas de mim mesmo, algo que não sei explicar, nem sei como proceder.

Ninguém me deu uma receita para inventar a mim mesmo.

Ninguém me disse que não bastava apenas o amar e o lutar para vencer.

As vezes luto tanto, amo demasiado e mesmo assim não vejo as coisas mudaram de lugar.

Parece tudo sempre o mesmo, as coisas continuam lá, muda a luz, muda a camerâ, mas parece que me falta a ação verdadeiramente significativa.

Te quero, te desejo... Mas coisas atrapalham nosso encontro.

Coisas atrapalham o nosso desejo...

Poder amanhacer ao seu lado sem nada mais importar, sem nada esconder, sem deixar nenhuma vergonha invadir nosso hogar.

É nesse momento, nesse instante onde todas as vergonhas se dicipam que percebo o quanto quero estar ao seu lado, como uma luz que não apaga e um caminho que não termina.

Acordo e me dou conta que nada disso é real, que nada pode me fazer feliz, porque não posso te ter.

Será que algum dia acontecerá? Será que algum dia vou te ter, vamos nos ter, vamos tener, todo lo que quiero tener?

Simples e complicado: As coisas são inteiramente complicadas enquanto não as tornamos inbecilmente simples.

6 de mai. de 2011

Ficar sozinho...

Esses dias eu escutei de uma pessoa muito próxima e querida:
Acho que pessoas como eu, como você nasceram para ficar sozinhas...

Cada dia que passa eu penso mais nisso...
E cada dia que passa acredito mais nisso...

Nossas lutas e nosso cotidiano é permeada de relaçoes pessoais...
Mas para quê deixar essas mais pessoais do que já sao?

Do que nos serve amar?
Do que nos serve sofrer...
Viver em contradiçoes intermináveis do porque estamos com alguém?
Ela pensa como você?
Tem um posicionamento político semelhante?
Até onde vai seu ideal?

Talvez, a Polyanna que existia dentro de mim esteja cansada de ver o lado bom das coisas, de jogar o jogo do contente...

Talvez, a solidao sentimental possa oferecer uma maior estabilidade emocional para se concentrar nas lutas sociais, naquelas de cunho coletivo e que nos fazem acreditar que as coisas ainda podem e devem ser mudadas...

Preferia nao pensar que as coisas fossem simplesmente assim,
Mas de fato, cada vez penso mais assim...
Cada vez mais a esperança morre dentro de mim...
Cada vez mais perco a espectativa de nao ser um latifundiário de minha própria cama de casal.
De casal?
De solteiro com espaço para virar quantas vezes quiser no seu espaço...
Sem querer, querendo, cada vez mais me torno um latinfundiário de mim...!

29 de mar. de 2011

Eu sempre peco...

Eu sempre peco,

Peco por falar demais, por amar demais, por se entregar de mais,

Tudo o que fiz até agora foi assim, sempre me entrego de corpo, alma e o que mais houver para entregar...

As coisas que realizo, realizo intensamente, com todas as forças dentro de mim.

Se entregar , esse é meu maior defeito, que é ao mesmo tempo a coisa mais bonita que posso ver em mim.

Sempre me entrego, sempre demais, as vezes não sobra nada de mim para mim mesmo.

Pensei que algum dia o pudor fosse me salvar, mas isso não aconteceu,

Tem dias que eu acordo pensando em deixar de te olhar tão profundamente,

Tem dias que penso, hoje sim, vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos...

Mas se caso o fizesse não seria mais eu. Porque eu sou mesmo assim, intenso, complexo, agitado e, ao mesmo tempo, congelado. Porque em tudo que eu já vivi, eu vivi intensamente.

Muito já sofri, porque quando nos entregamos totalmente a algo ou alguém ficamos
extremamente vuneráveis.

Vuneráveis ao fracasso, a derrrota, a ser usado, a ser flagelado. E o pior de tudo é que geralmente acontece.

Posso mudar, posso deixar de ver fogos de artifício, mas também, deixar de sofrer.

Mas não sei se uma vida normal, futil e estério me contentaria...

As vezes penso que é melhor não amar mais nada, não lutar mais por nada. Para que a
tranquilidade volte a pairar no meu quintal.

Mas de que me adianta isso?

Quantas vezes já tentei ser assim. Tantas vezes já tentei pensar em mim. Tantas vezes já disse, agora chega, essa é a última vez que algo ou alguém me fez sofrer.

Mas eu sempre volto atrás, eu sempre penso como a Pollyanna e digo a mim mesmo, dessa vez será diferente, dessa vez vale a pena, a conjuntura é outra, essa pessoa é valoroza.

Mas sigo pecando... Pecando por amar demais, por fazer demais, por pensar demais, por sonhar demais... ou seja, por me entregar totalmente, como se fosse a ultima coisa que importasse em meu mundo.

O meu maior medo em todo esse caminho é se um dia desses depois de sofrer muito eu
disser que não vou mais me entregar, que não vou mais lutar e amar; se um desses dias isso realmente acontecer...

Se um dia desses eu tiver me entregue tanto, que já não consiga juntas os pedaços e refazer meu caminho.

Se um dia isso acontece o sonho morre. A flor não brota e a alma adoece.

Cada vez penso que esse dia está mais próximo, que ele está ali na esquina... E que cada vez sobra menos de mim para ser entrege...

Dentro de mim sinto medo, dor e vazio. As vezes os preencho, mas eles escoam e voltam ao nada.

Ao nada do acaso, ao nada da existência.

No nada há medo... um dia desses adoeço...

Quase que só resta o medo...
O medo...
O medo.